Este poema faz parte da antologia "Procura-se um leitor: poemas"
"Treine, até que seus ídolos virem seus adversários"
alguém me disse um dia, não sei bem.
Como uma bailarina que rodopia várias
e mais várias vezes em seu próprio eixo.
Todos nós que temos um sonho incomum na sociedade
Que não seja: crescer, trabalhar como miserável
apenas para comer, sobreviver, reproduzir,
mofar em algum hospital se a doença chegar
ou ter um final de vida medíocre, solitário.
Na maioria das vezes,
enfrentamos o mundo a cada acordar,
somos mais fortes que um exército inteiro
(dos EUA ou Coreia do Norte).
A nossa única guerra
de batalhas diárias
é conquistar
o objetivo tão almejado
e assim,
por uma fração de segundo
nos permitir
sentir o alívio do encontro
com a própria paz.
Só por um mínimo
instante sequer.
Ana Luiza Batista
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